As Descobertas

Ao fim de alguns anos e perante os excelentes resultados obtidos, desvaneceram-se os receios internos e externos de que este método, com a sala dividida em “cantos” onde, em simultâneo, se trabalhavam a Matemática, o Português, as Ciências, as Atividades Plásticas, os Jogos e a Biblioteca, redundasse num caos disciplinar com aprendizagens nulas.

Em 1980, alarga-se a escolaridade ao “Ciclo Preparatório” a pedido dos pais.

Assim, nesta década, a escola é convidada a participar em encontros organizados pela Fundação Gulbenkian e em sucessivos congressos organizados pelo Instituto Piaget, para falar da sua experiência com este método.

É também o período em que vemos publicados, na imprensa diária e semanal, artigos sobre a escola e de sua autoria e em que o Ministério da Educação nos convida através do, então, Diretor Geral do Ensino Particular, João Pereira Neto e do, então, Inspetor João Sobral, com o Externato da Torre, a desenvolver ações de formação junto de escolas privadas dos concelhos de Lisboa e de Cascais, ao nível do “ensino primário”.

Também neste período, o Ministério da Educação subsidia uma experiência de lecionação coletiva de Estudos Sociais, aquando da expansão letiva da Escola para os 1º e 2º anos do “Ciclo Preparatório”.

Esta expansão obrigou a Escola a pensar todo um novo método, pois já não seria aconselhável usar o open-classroom no “Ciclo Preparatório”. Dividiram-se, assim, os grupos de 1º e 2º anos deste novo nível de escolaridade em subgrupos de trabalho cujos componentes interagiriam entre si na resolução de propostas de trabalho lançadas pelos professores.

Também esta alteração resultou, continuando a ser possível manter a dinâmica da descoberta, a interação criativa entre alunos e a resposta diferenciada a estes, consoante as suas necessidades.

Aquando da expansão da escola para o 3º Ciclo em 1990, bastou continuar a metodologia atrás descrita, desta feita já no novo edifício construído de raiz e no qual hoje nos encontramos.