Campo Futebol Vilafranquense

3.8/5 based on 8 reviews

About Campo Futebol Vilafranquense

Na primeira metade do século XX existiam em Vila Franca de Xira quatro clubes: Grupo de Foot-Ball Operário Vilafranquense, Águia Sport Club Vilafranquense, Hóquei Clube Vilafranquense e Ginásio Vilafranquense.

O Grupo de Foot-Ball Operário Vilafranquense foi a mais antiga colectividade desportiva de Vila Franca de Xira, fundada em 6 de Março de 1913 e tinha por bandeira as cores “preto e branco”. Teve como fundadores o Capitão José Maria da Silva Guedes Junior, Luís Tralha, Alberto Gonçalves, José Rodrigues Tarreira, Mateus Luís, Vicente Caçalho, António Morgado, Guilherme Pedro, Álvaro Pedro, José Atouguia, Alfredo Marcolino, António Calhordas e Sérgio Dominguinho, grupo esse constituído, na sua quase totalidade, por operários desta vila, com excepção do primeiro sócio fundador, então ainda estudante e mais tarde distinto oficial da aviação e vereador do município vilafranquense.

O clube tinha como parque de jogos o “Atlético Operário” na zona Norte de Vila Franca de Xira, palco mítico de muitos derbies, espaçoso e bem instalado. No início da década de 1950, o “Operário Vilafranquense” conquistou grande prestígio no País após conquistar vários títulos no futebol;

O Águia Sport Clube Vilafranquense surgiu em 3 de Maio de 1924 e participou em provas nacionais jogando então no campo do Hospital Civil. Foi um clube satélite de ”Os Belenenses”, um dos grandes de Portugal na altura, e o apoio chegava em forma de equipamentos, bolas e outras ajudas.

Os sócios fundadores foram Manuel Bico Júnior, António e Carlos Morte, Noel Salvaterra, Victorinho, Júlio Bico, António Rosmaninho, José Lopes, Jaime e José Vicente, Júlio Antunes, Cristiano Conceição e António Lanchinha. A comunidade varina de Vila Franca de Xira era a base social de apoio ao “Águia” que também ficou conhecido por recrutar jovens nas tavernas de Vila Franca de Xira de forma a evitarem o flagelo do alcoolismo.

No início, o “Águia” sentiu dificuldades económicas e não possuía campo próprio. Até então, treinavam no “Campo da Feira” (actual Parque Urbano), junto à estrada nacional, onde eram frequentemente interrompidos pela passagem de automóveis. Posteriormente, chegaram a acordo com o “Operário Vilafranquense” e começaram a partilhar o mesmo campo nos jogos e em dois treinos por semana. Só em meados dos anos 30 do século XX é que foi constituída uma comissão liderada por Francisco Alemão e Domingos Belo para comprar aquele que viria a ser o seu próprio campo, junto à Quinta da Mina, onde está hoje o viaduto da auto-estrada. As instalações foram construídas pelos dois e pela massa associativa, sem encargos directos para o clube.

No “Águia” implementavam aos atletas conceitos como devoção e espírito de missão e o clube era visto pela comunidade como “escola de virtudes” dentro e fora de campo. Todas as despesas com equipamentos e deslocações eram pagas pelos próprios atletas e aquando dos aniversários do clube eram realizados eventos invulgares como provas velocipédicas, tendo sido, também, o primeiro clube da região a fomentar os desportos náuticos, no rio Tejo, como a natação, a vela e o remo, para além de ténis de mesa, atletismo, basquetebol e pesca desportiva. Anos mais tarde, o “Águia” erigiu no cemitério de Vila Franca de Xira um monumento em homenagem aos seus atletas falecidos. Entre os grandes dirigentes do “Águia” constam, também, nomes como Joaquim Cruz, José Cristino Sabino, José Marques Pedrosa, Xico Paulino, Luis Sousa e Melo e Filberto Barquinha. Em 1955, o clube chegou a ter cerca de 400 sócios.

Do “Águia” transitaram, para divisões superiores, jogadores como Artur da Conceição e Joaquim Ceitil para “Os Belenenses”, João Pereira para o Sporting da Covilhã, Manuel Augusto de Matos para a CUF e José Oliveira da Silva para o Caldas.

Entre as duas colectividades, “Operário Vilafranquense” e “Águia”, existia uma grande rivalidade em Vila Franca de Xira que ficava dividida na rua do chafariz do Alegrete (onde está hoje o monumento ao campino) sendo o ponto que demarcava a fronteira entre os “Varinos” (apoiantes do Águia) e os “Senhores da Vila” (apoiantes do Operário).

Os “derbies” locais eram sempre disputados dentro e fora de campo, o que levou várias vezes à interdição do campo do “Operário”.

Em meados dos anos 50, algumas “vozes” vilafranquenses defendiam a fusão entre ambos com o intuito de criar um clube mais forte. Foi nessa altura que começaram a surgir rumores sobre o traçado da auto-estrada que, a confirmar-se, deixaria, de novo, o “Águia” sem campo. Essa possibilidade reforçou a opção dos que defendiam a fusão.

Filberto Barquinha foi um dos grandes impulsionadores dessa fusão que foi votada em Assembleia Geral por maioria mas com muitas lágrimas à mistura, mesmo por parte dos que votaram a favor. Filberto estava na direção do “Águia” desde 1946 e sempre acreditou que um único clube podia unir e engrandecer o desporto na terra. Por isso, defendeu a ideia até ao fim dos seus dias;

O Ginásio Vilafranquense nasceu das cinzas da antiga Sociedade União Musical Vilafranquense em 11 de Novembro de 1933, por dissidência de um grupo de elementos musicais do antigo Grémio Artístico. Sendo uma associação de cariz essencialmente cultural, criada com o objectivo de fazer nascer uma nova banda filarmónica, começou, no entanto, por também se dedicar, desde cedo, à prática de diversos desportos, como ginástica, patinagem, campismo, basquetebol, voleibol e desportos náuticos.

Por esse motivo, construíram-se cerca de uma dezena de barcos “Motz”. A partir desse momento, a juventude do “Ginásio” apaixonou-se pelos desportos náuticos, lutando a direção do clube com a dificuldade de instalações próprias para o funcionamento desta modalidade. A Associação dos Bombeiros Voluntários local cedeu, na altura, uma dependência para arrecadação do material. O “Ginásio” chegou a ter cerca de 400 sócios e a sua direção esteve na origem da criação do posterior Posto Náutico;

Finalmente, em 12 de Abril de 1957, com o objetivo de se criar o maior e mais importante clube do concelho e da região, a partir da fusão das quatro coletividades existentes em Vila Franca de Xira, nasceu então a União Desportiva Vilafranquense.

O primeiro Presidente foi Vidal Baptista e o Vice-Presidente Filberto Barquinha.

Embora o hóquei em patins tenha tido alguma notoriedade e galvanizado os vilafranquenses nos primeiros anos após a fusão, foi sobre a equipa de futebol que desde sempre se depositaram mais esperanças e orçamentos. No entanto, os êxitos foram sempre relativos, sendo a passagem pela 2ª Divisão B, no início do século XXI, o patamar mais alto que se atingiu até então, a par de um ou outro brilharete na Taça de Portugal.

Nas modalidades praticadas, quer no Campo do Cevadeiro, quer no pavilhão José Mário Cerejo, o clube conta com cerca de 500 atletas, o que representa um claro sinal de vitalidade.

Actualmente, o futebol em Vila Franca de Xira está a conhecer uma nova dinâmica e organização quer em termos desportivos quer em termos financeiros, na medida em que o projeto da UDV, Futebol SAD, constituída em 2013, visa uma grande preocupação com o futebol de formação. Essa aposta começou, mais rápido do que se previa, a dar frutos, como demonstram os resultados desportivos obtidos em 2019, pela equipa principal de seniores através da subida histórica à Segunda Liga e da equipa de juniores Sub-19 a conquistar por mérito próprio o acesso ao Campeonato Nacional da Primeira Divisão.

O Vilafranquense é, nesta altura, um clube em crescimento sustentado e, a pouco e pouco, tem vindo a conquistar respeito e projeção nacional.

 

Contact Campo Futebol Vilafranquense

Address :

N10 3, Alhandra, Portugal

Phone : 📞 +9
Website : http://www.udvfutsad.com/
Categories :
City : Alhandra

N10 3, Alhandra, Portugal
J
JPgamer yt on Google

Bom campo
Good pitch
J
Jpvlog Vieira on Google

Muito bom!
Very good!
P
Paulo Rosa on Google

Muito bom e amigavel.
Very good and friendly.
J
Joao Matos on Google

Bom campo com boas condições.
Good course with good conditions.
D
David Silva on Google

Relvado não muito mau , deu para a Vitória arrancada a ferros
Lawn not too bad, gave to Victoria torn from irons
D
David Inácio on Google

A casa do União Desportiva Vilafranquense e dos Piranhas do Tejo. Um ambiente único, um estádio mítico.
The home of the União Desportiva Vilafranquense and the Piranhas do Tejo. A unique environment, a mythical stadium.
A
Ailsom Oliveira on Google

Vamos a tasca
let's go to the tavern
R
Rui Bico on Google

Com excelente localização, bom relvado, e um parque de estacionamento enorme. Englobado no parque de exposições da cidade, possui ainda um campo de treino.
With an excellent location, good lawn, and a huge car park. Included in the city's exhibition park, it also has a training ground.

Write some of your reviews for the company Campo Futebol Vilafranquense

Your reviews will be very helpful to other customers in finding and evaluating information

Rating *
Your review *

(Minimum 30 characters)

Your name *