Igreja Matriz de Santo Estevão das Galés - Mafra

4.7/5 based on 8 reviews

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Address :

Mafra, 2665-414 Santo Estevão das Galés, Portugal

Postal code : 2665
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Mafra, 2665-414 Santo Estevão das Galés, Portugal
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Dumitru T on Google

Pequena igreja, com azulejos originais do convento de Mafra.
Small church, with original tiles from the convent of Mafra.
S
Susana Gregorio on Google

Linda igreja de marmore e rosa da região
Beautiful marble and rose church in the region
A
Adriana Sousa on Google

Igreja muito bonita .
Very beautiful church.
R
Ricardo Pereira on Google

Com o Reinado de D. João V, Portugal conheceu uma riqueza absoluta, sobretudo devido ao ouro que vinha sucessivamente do Brasil. Com isso, centenas de igrejas foram construídas, e outras restauradas ou melhoradas, sob o estilo barroco, caracterizado pela demonstração da opulência e da riqueza. A igreja dedicada a Santo Estevão, mártir que deu o nome à terra, foi construída neste clima e inaugurada em 1715, dois anos antes do Real Convento de Mafra conhecer as suas primeiras pedras. A construção desta igreja está assim envolta numa lenda, que se tem contado de geração em geração, mas a fatalidade do tempo remete-a para o inevitável esquecimento. A população de Santo Estêvão das Galés, localidade situada entre Mafra e Loures, era sobretudo de origem rural, com poucas posses mas declaradamente religiosa. Já no século XV haviam construído uma capela de dimensão considerável, numa povoação próxima – Santa Eulália. Houve assim a decisão de construir a igreja num vale, entre o lugar das Cruzinhas e a povoação de Monfirre, onde recentemente foram encontrados vestígio da presença Romana, destacando-se um epitáfio. No início do século XVIII chegavam, deste modo, algumas pedras das pedreiras de Pêro Pinheiro, através de carros de bois. Os homens já tinham começado escavações para as fundações da igreja. Todas as tardes, excepto ao Domingo, se juntavam 30 ou 40 homens nas Cruzinhas. Subitamente, ainda nascia o sol, quando encontraram as pedras, os materiais e os instrumentos da construção num dos cimos do vale, num lugar pouco acima da povoação das Galés. Deu-se este nome à aldeia porque, em dias de sol e céu limpo, avista-se até ao horizonte as velas alvas de centenas de moinhos que cobriam as elevações da região. A quantidade de velas içadas faziam lembrar as embarcações no Tejo, no mar da palha, sobretudo as galés que se destacavam dos outros navios. Passava o século XV ou XVI, algumas das galés com 40 ou 50 metros de comprido e 4 velas latinas, arqueadas pelo vento, com três dezenas de remos de cada lado, descendo o rio numa extraordinária velocidade. Uma imagem do Santo, que tinha chegado de Lisboa, continuava serena sobre a mais branca das pedras, onde tinha sido depositada desde que chegou, ladeada por duas candeias. Todos se reuniram e transportaram os materiais para o local estabelecido – as Cruzinhas. No entanto, no dia seguinte sucede o mesmo incidente: os materiais foram encontrados no cimo do vale. Entendeu-se que era vontade do Santo construir a igreja naquele local. Enquanto a revolta e o desalento iam aumentando, carregaram os materiais novamente para as Cruzinhas. No dia seguinte surgiram mais uma vez no cume do vale. Desta vez, a população enfurecida pela contrariedade de Santo Estêvão apedreja barbaramente a imagem, sem que subitamente lhe aconteça nada. Nada se fragmentou, nada se quebrou. Aliás, todas as pedras que foram arremessadas a Santo Estêvão se transformaram em pão. Diz-se que surgiu daí também a Festa dos Merendeiros e a vocação intrínseca da extinta Freguesia para o fabrico do pão, resistindo ainda hoje alguns fornos tradicionais que, como esta lenda, acabarão por se dissipar na voracidade do tempo. A igreja continua hoje no lugar aparentemente definido pelo Santo, resistindo ao terramoto de 1755. Destaca-se sobretudo a riqueza do seu interior, forrada com azulejos setecentistas, de motivações hispano-árabes, um tecto de masseira que, apesar de obras recentes, precisa de alguns cuidados. Destaca-se ainda o coro decorado com pinturas policromas, a torre sineira, de sete sinos, que compõe um pequeno carrilhão. A alpendrada de fronte para uma mesa de carapuças, uma peça peculiar e característica da ruralidade, onde os homens depositavam o respectivo chapéu antes da missa. Fonte: Frederico Duque dos Santos
With the reign of D. João V, Portugal experienced absolute wealth, mainly due to the gold that came successively from Brazil. With this, hundreds of churches were built, and others restored or improved, under the Baroque style, characterized by the demonstration of opulence and wealth. The church dedicated to Santo Estevão, the martyr that gave the land its name, was built in this climate and inaugurated in 1715, two years before the Royal Convent of Mafra knew its first stones. The construction of this church is thus shrouded in a legend, which has been told from generation to generation, but the fate of time leads it to inevitable oblivion. The population of Santo Estêvão das Galés, located between Mafra and Loures, was mainly of rural origin, with few possessions but clearly religious. Already in the 15th century a chapel of considerable size had been built in a nearby village – Santa Eulália. Thus, there was the decision to build the church in a valley, between the place of Cruzinhas and the village of Monfirre, where vestiges of the Roman presence were recently found, highlighting an epitaph. At the beginning of the 18th century, some stones arrived from the quarries of Pêro Pinheiro, using ox carts. The men had already begun excavations for the church's foundations. Every afternoon, except on Sundays, 30 or 40 men gathered at Cruzinhas. Suddenly, the sun was still rising when they found the stones, materials and construction tools at one of the tops of the valley, in a place just above the village of Galés. The village was given this name because, on sunny days and clear skies, you can see the white sails of hundreds of mills that covered the elevations of the region as far as the horizon. The number of sails hoisted was reminiscent of boats on the Tagus, in the sea of ​​straw, especially the galleys that stood out from the other ships. It was the 15th or 16th century, some of the galleys 40 or 50 meters long and 4 lateen sails, arched by the wind, with three dozen oars on each side, descending the river at an extraordinary speed. An image of the saint, which had arrived from Lisbon, remained serene on the whitest of stones, where it had been placed since his arrival, flanked by two lamps. Everyone gathered and transported the materials to the established place – the Cruzinhas. However, the next day the same incident occurs: the materials were found at the top of the valley. It was understood that it was the Saint's will to build the church in that place. As the revolt and despondency grew, they carried the materials back to Cruzinhas. The next day they appeared once more at the top of the valley. This time, the population, enraged by St. Stephen's annoyance, savagely stones the image, without anything suddenly happening to it. Nothing has fragmented, nothing has broken. In fact, all the stones that were thrown at St. Stephen turned into bread. It is said that this also gave rise to the Luncheon Festival and the intrinsic vocation of the extinct Parish for the manufacture of bread, which still resists some traditional ovens which, like this legend, will eventually dissipate in the voracity of time. The church remains today in the place apparently defined by the Saint, resisting the earthquake of 1755. The richness of its interior stands out above all. of some care. Also noteworthy is the choir decorated with polychrome paintings, the bell tower, with seven bells, which makes up a small carillon. The porch facing a table with hoods, a peculiar piece and characteristic of rurality, where men deposited their hats before mass. Source: Frederico Duque dos Santos

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